Abri os olhos, devagar! Que sono! Ué, cadê o troço do centro cirúrgico que tava em cima da minha cabeça? Tem um troço no meu nariz (descobri depois que era tubo de oxigênio). Fechei os olhos de novo, pálpebras pesavam... (Kelly?) Ouvi me chamarem, não conseguia ficar acordada e responder! Acho que mexeram em mim (tiraram o tubo) Tô confusa! Abri os olhos! Onde eu tô? Já acabou a cirurgia? (Pô não vi nada) Comééédia! (Se era anestesia geral, é ÓB-VI-O que não vi nada!). Hí tem uns caras deitados ali, o troço que tá no meu braço ainda tá aqui medindo pressão... Hi! Os enfermeiros tão ali! (Tô grogue). Kelly? Tá tudo bem? (Fiz OK, com a mão, não podia falar, lembram?) Aí caiu a ficha! (GENTE, VOLTEI! TÔ VIVA, HÊÊÊÊ!) Obrigada, Deus! Veio o enfermeiro, vamos voltar pro quarto? (confesso que eu queria dizer, Não! Deixa eu aqui na sala de recuperação, tô dormindo!). A partir daí eu não lembro bem, devo ter saído na maca, ido pro elevador, de volta ao terceiro andar e cheguei ao quarto! Aí eu lembro! Tive que passar da maca para a cama, tava com sono, mas consegui passar. Na cama deitada, eu vi rostos curiosos olhando para mim, acho que perguntaram se eu tava bem! Acho que disse sim. Não lembro! Queria dormir! Vi minha vó (não consegui vê-la antes da cirurgia). Ela tava com cara de choro e pegou na minha mão. fiz sinal para que não chorasse, pois eu tava bem. Nunca vi minha avó daquele jeito, confesso que fiquei emocionada. Ela tem bom coração, mas como avó e neta temos muitos atritos. Gostei dela ter ido. Foi quando meu amor me apontou algo ao lado da cama. Olha o que era?
É sem dúvida uma foto histórica! (Confesso que o de maçã até que dá). Dormi de novo, tendo a estranha sensação de que minha cabeça tá num barco a deriva (soube que o efeito da anestesia dura alguns dias, e não vou negar, a sensação de quando te colocam para dormi fica vindo em flashbacks por alguns dias). Desculpe se estou assustando quem tiver lendo isso e precisar tomar geral, mas é verdade! Bom acordei e fiquei feliz ao ver o almoço (num copinho,Chi!) Bom quando abri, não fiquei muito feliz: Sopa de abóbora! Eu não sou muito fã de abóbora, mas comi. Deu pra aguentar. Tava até gostosinho!
Mas a sobremesa foi gelatina de uva! Depois eu tava com a corda toda! Nem no hospital operada eu paro um minuto, mesmo com dois cateteres no braço para remédios, como antibióticos, serem injetados na veia!. Só não fui pro jardim, porque tava grogue, não podia. Mas ficar sem falar até parece. Em menos de uma hora eu já tinha escrito mas de 15 folhas de papel. Já deu pra perceber que escrevo tal qual eu falo, nos míiiiiiinimos detalhes!(ô coisa antiga, da praça é nossa!). Aí comecei também a gesticular em LIBRAS (sinais usados por surdos). Eu sei um pouco, fiz um curso com um amigo surdo e minha sorte é que meu namorado consegue entender um pouco. (Mas isso será um futuro post, aguardem!). Fui pra varanda mais tarde bater papo com a Elaine (sessão terapia já que ela é psicóloga e foi muito bom). Depois o JP (meu love) se juntou a nós! Papo descontraído, sem querer acabei falando uma palavrinha! Depois fiquei mudinha de novo! Tava tomando um troço tipo raspadinha de fruta (Não identifiquei bem, mas acho que tinha pêssego e abacaxi, booom!). Eu era só sorrisos na varanda, a anestesia tava passando. Só voltamos para o quarto, porque a enfermeira chegou com duas seringas gigantes contendo antibiótico e injetou nos catéteres. Senti nada! Esqueci de dizer que a Elaine enquanto eu tava na cirurgia conseguiu falar com o meu pai pelo telefone, mas isso é o próximo post!
Olha aí a hora do papo, fala sério, parece que tô num hospital?
Não é por nada, não mas sente o charme do jaleco caindo deixando a camisola pretinha básica a mostra, pô até operada sou sexy, rsss!
To be continue...
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